Misticka
Meu
nome é Mystic, Nasci em Tellus e cresci no litoral do vilarejo da Torre do
Despertar no planeta de PanGu (Perfect World). Branquinha como a Lua, olhos da
cor do mar, cabelos reluzentes ao sol, lembro-me que quando tinha uns 5 anos
minha mãe me ensinou a enfeitá-los com as flores de nossa terra natal, num
coque que ela dizia ser perfeito. Minha mãe era Sacerdotisa da Vila Estrela da
Manhã e meu pai ferreiro na mesma vila.
Minha
cidade ficava escondida entre as rochas gigantescas fora do olhar do restante
do mundo, encoberta pela magia do Deus PanGú, sempre usamos a magia oriunda da
madeira, dávamos vida a árvores que já tinham sucumbido sem seiva e brincávamos
entre esquilos e borboletas, plantinhas e muito verde.
Nunca
fomos visualizados pelo homem nem sonhavam com nossa existência, somente as
plantas e os seres elementais nos conheciam passeávamos tranqüilos entre outros
seres do nosso planeta sem sermos vistos ou questionados, completamente
invisíveis para eles. Nossos pais tinham o poder da visão um verdadeiro jardim
escondido entre muitos santuários.
PanGu
adorava vir brincar conosco, ele dizia que éramos sua maior alegria, nossos
guerreiros viviam aprendendo esgrima e se aperfeiçoando na arte das espadas.
Quando
completei meus 15 anos, nosso ancião me ensinou a invocar summons e não mais me
senti sozinha aprendi cura com a salvação, podendo curar todas as feridas dos
seres pensantes e não pensantes. A lutar com o Demônio e manejar os poderes da
Tempestade. As flores e plantas também me ensinaram várias magias, bebia de
fontes encantadas, corria até a escola do meu irmão Arcano, era feliz assim.
Mas naquela
manhã tudo estava tão frio pela janela tentei visualizar o Vale dos Ancestrais
mas foi impossível,achei a noite mais escura menos estrelas, a porta do quarto
dos meus pais estava trancada não quis incomodá-los eu quis tanto dormir
sozinha agora não podia correr pra lá, por que sentia calafrios, resolvi deitar
mais um pouco, novamente abri meus olhos e senti como se a terra tivesse
desabado num estremecer, corri novamente para a janela, uma fenda imensa havia
submergido nossa vila conseguia visualizar o sol nascendo fora da névoa de
proteção, nossos visinhos e amigos corriam de um lado para o outro como se o
mundo inteiro tivesse acabando, corri pelo corredor de casa e notei que tanto o
quarto dos meus pais quanto do meu irmão Sky estava aberto e eles não estavam
lá. O desespero tomou conta do meu ser mais sempre me disseram pra ser forte
caso algo de estranho acontecesse também me lembrei que minha mãe sempre falou
que minha magia fazia parte de mim então ela sempre me protegeria.
Na
porta de minha casa pude observar a bibliotecária de Tellus correndo na minha
direção.
A
ordem dos Anciões convocou a todos, porém não conseguia achar meus pais eles
haviam desaparecido pequenos anões vestidos de índios estavam invadindo a vila,
as formigas hora tão pequenas e indefesas estavam gigantescas, os esquilos e as
borboletas, nossas arvores e nossos amigos summons estavam endemoniados como se
a alma deles tivessem sido sugadas para o mais profundo buraco negro, uma vizinha
gritava mística vamos ou irá morrer aqui, “morrer”, pensei que eu fosse um Elemental
que viveria pra sempre.
Saímos
todos correndo em direção a Tellus, com os Arcanos a frente limpando a estrada.
Percebi que lagrimas brotavam dos meus olhos onde sempre esteve alegria dentro
do meu coração sentia um vazio e uma solidão imensa. Nem meu irmão SkyFall
achei entre aquela multidão. No empurra, empurra de Tellus, fui chamada a
presença do Ancião Star que me levou na sala atrás do altar, onde o conselho me
passou um recado de PanGu, naquele momento percebi que minha vida não mais me
pertencia agora ele pertencia ao mundo.
Questionei
por que ele não tava lá pra me dizer tudo aquilo pessoalmente apenas me falaram
– menina não questionamos os desígnios de nosso Deus PanGu determinou que você
vá ajudar os humanos, selvagens, alados e abissais contra nossos invasores.
- Mas
como invasores? Não temos a resposta criança, elas você encontrará no seu
caminho